Produção industrial cresce em maio, mas ainda há um longo caminho pela frente – SINDBORJ
UTF-8
Sistema FIRJAN

Produção industrial cresce em maio, mas ainda há um longo caminho pela frente

Produção industrial cresce em maio, mas ainda há um longo caminho pela frente



Em maio, descontados os efeitos sazonais, a produção industrial brasileira avançou 0,3% frente ao mês anterior. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5/7) pelo IBGE. Apesar do resultado positivo, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o nível de produção segue inferior ao registrado no mesmo período do ano passado: 2,6% menor.

Para a Firjan, os dados evidenciam que os efeitos da pandemia da Covid-19 e da guerra na Ucrânia ainda são elementos que impactam negativamente a retomada da economia brasileira. A indústria de transformação segue como um dos setores mais afetados, devido à sensibilidade a restrições de insumos.

Neste cenário, os primeiros cinco meses do ano de 2022 foram ainda mais desafiadores para alguns segmentos, são exemplos a fabricação de veículos automotores (retração de 7,6% em relação a 2021) e importantes setores desta cadeia produtiva: Produtos de metal (-13,3%) e Produtos de Borracha e de Material Plástico (-11,2%).

“As perspectivas para o contexto internacional e as questões internas mostram que ainda há desafios para o crescimento da atividade econômica. O possível prolongamento da guerra na Ucrânia intensifica os gargalos associados à falta de matéria-prima e repercute na continuidade de aumento de preços de commodities, em especial o petróleo”, destaca o economista Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.

O ano de 2022 já está marcado por medidas de contenção do avanço de preços, o que inclui o aumento da taxa de juros por diversos países, e consequente perspectiva de desaceleração da atividade econômica mundial. No Brasil, o quadro requer maior atenção devido ao ano eleitoral. As reformas estruturais, como a reforma tributária, seguem adiadas e as dúvidas quanto a sustentabilidade fiscal mantém a percepção de risco sobre a economia brasileira.

Por fim, apesar do resultado positivo de maio, o setor produtivo brasileiro ainda convive com os efeitos da falta de insumos, do alto custos de produção e da recuperação lenta da atividade econômica. A federação finaliza destacando que, para um ambiente de negócios mais competitivo e para fazer frente às adversidades do contexto internacional, é preciso atacar as questões estruturais que distanciam a economia brasileira de seu potencial. 

Fonte: Firjan.

Compartilhe: