Quanto do lucro de uma empresa depende do ambiente externo? Foi com essa pergunta direta que Terence Lyons, CEO da startup The Stakeholder Company (TSC), sediada em Cingapura, abriu a palestra “Inteligência Artificial: Gestão de Stakeholders na Era Digital e Proteção da Reputação Corporativa”, na Casa Firjan, em 28/03. A resposta impressiona: cerca de 30% a 50% do lucro corporativo está em risco, segundo Lyons.
É uma porcentagem elevada, que reflete um cenário de crescente vulnerabilidade das empresas às ameaças de fora, com destaque para as consequências danosas de uma má reputação corporativa em um mundo cada vez mais digital e interconectado.
Nesse contexto, a gestão de stakeholders desponta como uma das principais preocupações no mundo dos negócios, de modo a garantir a existência duradoura das corporações. Lyons apresentou ao público da Casa Firjan as tecnologias e estratégias que podem auxiliar as empresas na criação de um “radar de risco” preciso e eficiente.
“Precisamos estar à frente dos problemas, sendo proativos. A criação de um radar de risco é capaz de identificar problemas simultâneos que estão chegando por todos os lados, antecipando impactos negativos e buscando soluções”, ressaltou.
Para isso, defendeu o uso de big data com inteligência artificial. Segundo contou, sua startup utiliza um avançado software de mapeamento e visualização de problemas, que mistura algoritmos de teoria de redes sociais, rastreadores, mecanismos de análise, reconhecimento de padrões e módulos de visualização. Também rastreia conteúdo online para identificar todas as citações à empresa por públicos relevantes que possam influenciar em sua reputação.
“O objetivo é que nossos clientes tenham uma compreensão clara das redes interligadas em torno de seus negócios. Com um bom entendimento sobre isso, eles são mais capazes de avaliar a influência de seus stakeholders”, disse Lyons.
Mas como transformar em dados inteligentes essa infinidade de informações gerada por avançadas máquinas? Softwares processam grandes quantidades de dados, mas o julgamento e a curadoria ficam reservados ao poder da mente humana. Segundo Lyons, unir mente e máquina para gerar uma tecnologia inteligente é a premissa fundamental da empresa. “O software eleva o processo de mineração de dados, mas a análise depende de profissionais experientes. Não se trata somente de máquinas e sistemas, mas também de equipes comprometidas e talentosas. Esse é nosso princípio”, finalizou.
Confira a programação completa da Casa Firjan.
Fonte: Firjan