O Sistema S é relevante para o país, mas deve evoluir para ser mais produtivo e eficiente. Este foi o consenso de um debate realizado durante a segunda reunião do Conselho Estratégico da Casa Firjan, em 19/03.
O encontro se destacou também pelo reconhecimento, de parte do Governo Federal e da área empresarial, do Conselho como um interlocutor relevante. O debate contou com a participação do secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, via teleconferência; e dos presidentes das Federações das Indústrias dos Estados de Mato Grosso (FIEMT), Gustavo Coelho de Oliveira, e do Paraná (FIEP), Edson Campagnolo.
Instalado em dezembro de 2018, o Conselho Estratégico da Casa Firjan definiu como pautas prioritárias de discussão o papel da representação empresarial na democracia, o desafio de reinvenção da empresa na nova economia e o futuro do trabalho e do emprego. E a discussão sobre o Sistema S surgiu como tema importante.
“A decisão do novo governo de colocar em sua pauta a reforma do Sistema S torna esse debate ainda mais urgente. O momento político é agora”, observou o advogado e escritor Joaquim Falcão, presidente do Conselho, passando a palavra a outros integrantes.
“O Sistema S precisa se modernizar”, destacou o apresentador e empresário Luciano Huck. “Tem de ser reformado, de ter redimensionada a alocação de recursos”, apontou Pedro Wongtschowski, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), que participou via teleconferência. “O Sistema precisa trazer a agenda da eficiência”, disse Luiz Schymura, diretor do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas.
A vez da iniciativa privada
Segundo o secretário Carlos da Costa, o novo Sistema S precisa de efetividade, recursos direcionados para as atividades-fim e produtividade. Além de ressaltar que é preciso haver foco também em capital humano e inovação, frisou que o Governo Federal quer o setor privado como protagonista nessa mudança, mostrando quais são os bons modelos a serem seguidos.
“Em vez de o governo dizer o que a iniciativa privada deve fazer, nós gostaríamos que a iniciativa privada nos falasse o que precisa. Não temos competência técnica para avaliar isso, mas os empresários, sim. Caberá ao Estado apenas avaliar se os resultados combinados estão sendo cumpridos”, disse.
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, lembrou que o governo já disse não querer acabar com o que dá certo no Sistema S.
“Vamos conversar com a sociedade, analisar o que funciona internamente na nossa gestão e também buscar cases no exterior para, juntos, criarmos propostas e visões sobre o futuro da representação empresarial e do trabalho. Estamos abertos ao diálogo”, ressaltou.
Também participaram do encontro os conselheiros Ana Paula Pessoa, Carlos Fernando Gross, Cláudio Tangari, José Pio Borges e Luis Justo, além do Diretor Executivo do Conselho Nacional do SESI, ex-senador Ricardo Ferraço.
Fonte: Firjan